Feridas x Emocional: como ambos estão ligados?

Uma queda, acidentes e tropeços podem resultar em feridas causadas primariamente por ações factuais, não ligadas diretamente com outros fatores. Porém há outras situações em que feridas podem se abrir pelo estado emocional que estamos no momento. O corpo físico é um reflexo das nossas emoções, crenças e pensamentos. Sempre que algo não vai bem, o corpo encontra um meio de sinalizar que há um problema.

Por exemplo, a liberação do hormônio cortisol, produzido em picos de estresse, também pode repercutir na pele, através do processo inflamatório que ele provoca a longo prazo. Além do estresse, ansiedade, depressão e baixa autoestima podem estar associados à manifestação ou agravamento de problemas como acne, vitiligo, psoríase, dermatite atópica, rosácea e herpes.

Uma das situações que mais precisam ter cuidado e vigilância, são pacientes diagnosticados com automutilação. Ela é definida por lesões provocadas nos próprios tecidos do corpo de forma deliberada, ou seja, propositalmente. A ação é mais habitual entre jovens, e no geral, se manifesta na puberdade e fase adulta. Idosos também podem apresentar atos de autoagressão, mas, de modo geral, eles são ligados a quadros de demência. Autistas, por sua vez, podem praticar ações automáticas de automutilação como um dos sintomas da doença.

Atos emocionais, ligados a sensação de nervosismo, inquietação e raiva, podem até atrapalhar o processo de cicatrização, principalmente quando o paciente “desconta” esses atos, arrancando e arranhando “cascas” do ferimento, atrapalhando todo o processo. Dependendo da gravidade da ferida, pode se transformar em algo maior, expandindo a área do ferimento.

É recomendado juntamente com o trabalho da Clínica de Tratamento de Feridas, acompanhamento psicológico e dermatológico, para que, juntos, a equipe resolva questões físicas e mentais do paciente, garantindo uma qualidade de vida para o mesmo e sua família.

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